Política
CGU pune Sergio Camargo, ex-presidente da Fundação Palmares, acusado de assédio moral
Camargo foi apenado com destituição do cargo que ocupava e fica inelegível por oito anos
Foto: Reprodução/X
A Controladoria-Geral da União (CGU) informou ter punido Sergio Camargo, ex-presidente da Fundação Palmares, por prática de assédio moral na sua gestão na entidade. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta quarta-feira (17).
Ao longo das investigações, a CGU aponta que ficaram comprovadas as seguintes condutas praticadas por Sérgio Camargo: tratamento sem urbanidade a diretores e coordenadores, hierarquicamente subordinados, da Fundação; violação da moralidade administrativa por promover demissões de terceirizados por motivos ideológicos; e valimento do cargo para contratar empregado terceirizado.
“A aplicação de destituição de cargo em comissão e inelegibilidade prevista no artigo 1º, inciso I, alínea ‘o’, da Lei Complementar nº 64/1990, pelo prazo de oito anos, ficando impedida a indicação, nomeação ou posse do punido para cargos em comissão ou funções de confiança no Poder Executivo Federal”, esclarece a CGU.
Polêmicas
Camargo comandou a Fundação Palmares durante o governo de Jair Bolsonaro (PL) e acumulou polêmicas. Ele tentou, por exemplo, mudar o nome da fundação para Princesa Isabel. Sua gestão também retirou os machados de Xangô do símbolo da Fundação.
O bolsonarista, ainda, foi responsável pelo descaso no tratamento dos documentos históricos mantidos pela entidade e atuou para banir livros de personalidades consideradas comunistas do acervo da fundação. Homenagens a negros que eram opositores ao ao antigo governo também foram retiradas por ordem de Camargo. As medidas foram desfeitas pela atual gestão, de João Jorge.
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