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PGR denuncia Zambelli e hacker Delgatti por invasão ao sistema do CNJ

Política

PGR denuncia Zambelli e hacker Delgatti por invasão ao sistema do CNJ

Deputada é apontada como mandante do crime; hacker invadiu site e inseriu documentos falsos

PGR denuncia Zambelli e hacker Delgatti por invasão ao sistema do CNJ

Foto: Reprodução/Redes Sociais

Por: Metro1 no dia 23 de abril de 2024 às 10:14

Atualizado: no dia 23 de abril de 2024 às 10:22

A deputada federal Carla Zambelli e o hacker Walter Delgatti Neto foram denunciados pela Procuradoria Geral da República (PGR) no âmbito da investigação da invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

A decisão foi divulgada nesta terça-feira (23) pelo blog da jornalista Julia Duailibi através do portal G1. A denúncia foi feita pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet.

Zambelli foi denunciada como mandante pela prática de 10 crimes: sete crimes do artigo 154-A e par. 2 do CP (invasão de dispositivo informático); três crimes do artigo 299 do CP (falsidade ideológica), por terem inserido documentos ideologicamente falsos no sistema informático.

Já Delgatti por inserir documentos falsos no sistema do órgão, como um mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), assinado pelo próprio magistrado.

Ambos foram indiciados pela Polícia Federal (PF) em março deste ano por falsidade ideológica e invasão de dispositivo informático. Com isso, o caso foi encaminhado à PGR, que precisava decidir se apresentaria a denúncia ao Supremo Tribunal Federal (STF) ou se pediria o arquivamento das investigações.

Em depoimento à PF, em julho de 2023, Delgatti disse que Zambelli pediu para ele invadir as urnas eletrônicas ou, caso não conseguisse, a conta de e-mail e o telefone de Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), além de solicitar o endereço de Moraes.

O hacker também detalhou que a deputada federal prometeu a ele um emprego na campanha de reeleição de Bolsonaro e que teria recebido um total de R$ 40 mil de Zambelli, para custear a invasão ao CNJ. 

A Defesa de Zambelli sempre negou as acusações feitas por Delgatti. Sobre a decisão da PGR, a assessoria de imprensa da deputada e a defesa de Delgatti ainda não se manifestaram.

Em agosto do ano passado, Delgatti foi condenado a 20 anos de prisão pela Justiça Federal por invadir celulares de autoridades e divulgar mensagens privadas, no episódio que ficou conhecido como Vaza Jato.