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Distribuição de 50% dos dividendos extraordinários da Petrobras é aprovada

Política

Distribuição de 50% dos dividendos extraordinários da Petrobras é aprovada

A distribuição de dividendos havia se tornado um tema conflituoso em março deste ano, quando o próprio governo rejeitou proposta semelhante

Distribuição de 50% dos dividendos extraordinários da Petrobras é aprovada

Foto: Reprodução

Por: Metro1 no dia 25 de abril de 2024 às 16:08

O governo aprovou nesta quinta-feira (25) a distribuição de 50% dos dividendos extraordinários da Petrobras, o que corresponde a cerca de R$ 21,95 bilhões dos lucros excedentes da empresa. Além do aval positivo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a decisão foi conjunta com o parecer favorável do conselho dos acionistas da Petrobras.

Os dividendos extraordinários são a repartição de parte do lucro da empresa entre os acionistas, pagos além do valor mínimo obrigatório. A proposta também influenciará no caixa federal, já que o Tesouro Nacional receberá pelo menos R$ 6 bilhões para reforçar o orçamento da União. 

A distribuição de dividendos havia se tornado um tema conflituoso em março deste ano, quando ainda pairavam dúvidas quanto aos benefícios na repartição do valor excedente. Na época, o próprio governo rejeitou proposta semelhante e, como resultado da negativa, as ações da Petrobras caíram 10% em apenas um dia na bolsa de valores brasileira.

Inicialmente, o presidente Lula vetou a liberação dos valores tomando como base o pensamento dos conselheiros da empresa indicados pelo governo. Os ministros Rui Costa, da Casa Civil, e Alexandre Silveira, de Minas e Energia, foram peças significativas para a decisão contrária de Lula. 

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, quase saiu do cargo por ser a favor da distribuição de metade dos dividendos extraordinários da empresa. Àquela altura, ele era o único indicado pelo governo que não seguia o pensamento da Casa Civil e do Ministério de Minas e Energia, o que não foi bem visto pelo Palácio do Planalto.
 
Foi o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que aconselhou o presidente à resolução favorável, levando em consideração os 37% do valor que iriam para os cofres do governo. O aumento do valor do petróleo, em razão da escalada das cotações internacionais, e a valorização do dólar em comparação ao real também foram pontos relevantes para que o conselho da Petrobras conseguisse apoio governamental para a aprovação da medida. 

A distribuição dos dividendos aprovados nesta quinta-feira (25) serão divididos em duas parcelas, a serem pagas nos dias 20 de maio e 20 de junho, juntamente com os valores restantes dos dividendos ordinários.