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Coronavírus: com novos leitos, Salvador deve adiar colapso no sistema de saúde

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Coronavírus: com novos leitos, Salvador deve adiar colapso no sistema de saúde

De acordo com o infectologista Roberto Badaró, município deve abrir 80 novos leitos na próxima semana

Coronavírus: com novos leitos, Salvador deve adiar colapso no sistema de saúde

Foto: Paula Fróes/GOVBA

Por: Matheus Simoni no dia 20 de maio de 2020 às 07:55

O médico infectologista Roberto Badaró afirmou que a cidade de Salvador pode se salvar do colapso esperado para esta semana no sistema de saúde em função da pandemia de coronavírus. Em entrevista a Mário Kertész hoje (20), na Rádio Metrópole, ele declarou que serão abertos 80 leitos no sistema de saúde do município, o que adia a escassez de vagas em unidades de atendimento ao Covid-19.

"A equipe do INTS [Instituto Nacional de Tecnologia e Saúde], que administra o Hospital Espanhol, nós tínhamos um plano mais lento de abertura de mais leitos de UTI e ontem nossa equipe se reuniu. A situação e necessidade, já que estamos chegando num platô importante, é que vamos tirar a cidade de Salvador do colapso. Muitos doentes estão entubados nas UPAs com dificuldades de vagas. Vamos abrir 80 leitos até sexta-feira de UTI e resolver esse colapso na cidade de Salvador", revelou Badaró.

"O secretário [de Saúde, Fábio Vilas-Boas] priorizou nosso hospital para prover os equipamentos necessários. Na semana que vem, com os novos leitos que serão abertos, vai tranquilizar a população de que não vai faltar leitos de UTI e que as famílias não ficarão desassistidas", acrescentou.

Ainda segundo o médico, os profissionais de saúde estão em um grupo que não pode abrir mão de salvar vidas na pandemia. Badaró reforçou a importância dessa categoria na guerra contra o coronavírus e cobrou que gestores públicos diminuam os riscos a essa classe.

"Os médicos, enfermeiros e técnicos da área da saúde estão enfrentando uma dificuldade grande. Em muitos locais onde a pandemia está ocorrendo, eles arriscam suas vidas como kamikazes, com mínima ou nenhuma proteção, muito por falta ou por não estarem treinados. Por vezes, essa contaminação é fatal. É diferente da população que faz seu confinamento em casa. Nós médicos, em nome de juramento de salvar vidas e por necessidade de sobrevivência, nos sacrificamos para cuidar das pessoas e não deixar as pessoas sem assistência nessa pandemia", declarou.