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“Foram os húngaros que liberaram os filmes captados”, diz Janio de Freitas sobre imagens de Bolsonaro na Embaixada

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“Foram os húngaros que liberaram os filmes captados”, diz Janio de Freitas sobre imagens de Bolsonaro na Embaixada

Análise foi feita durante o programa Três Pontos desta quarta-feira (27)

“Foram os húngaros que liberaram os filmes captados”, diz Janio de Freitas sobre imagens de Bolsonaro na Embaixada

Foto: Reprodução Rádio Metropole

Por: Metro1 no dia 27 de março de 2024 às 12:45

Atualizado: no dia 27 de março de 2024 às 13:13

Na segunda-feira (25), o jornal norte-americano The New York Times divulgou imagens as quais revelaram que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) passou duas noites na embaixada da Hungria, localizada em Brasília, entre os dias 12 e 14 de fevereiro. A visita de Bolsonaro aconteceu após ele ser alvo de uma operação da Polícia Federal sobre tentativa de golpe de Estado. 

Sobre o assunto, o jornalista Janio de Freitas avaliou, na edição desta quarta-feira (27) do programa Três Pontos na Rádio Metropole, a escolha de Bolsonaro foi equivocada e disse acreditar que as imagens foram cedidas pela própria embaixada, com receio de uma crise diplomática com o atual governo brasileiro.  

“Os húngaros trataram de liberar as imagens, porque do contrário, eles corriam risco de um problema diplomático sério com o Brasil, por estarem protegendo pessoas que buscavam fugir da Justiça, do processo, dos depoimentos e por aí a fora. Os húngaros trataram de tornar público e com isso mostrar que estavam sendo procurados por ele. Sem a menor dúvida, foram os húngaros que liberaram os filmes captados pela segurança da embaixada do Bolsonaro lá chegando, andando por lá, funcionários carregando travesseiros e colchas para ele [...] Não há outra explicação, os filmes foram feitos pelas câmeras de segurança que estão nas paredes internas da embaixada, pelo menos uma externa. Só a embaixada poderia extrair essas imagens e, a partir daí, fornecê-las a alguém”, comentou.

O motivo da permanência de Bolsonaro na embaixada é investigado. Na terça-feira (26), dia seguinte à divulgação das filmagens, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), abriu um prazo de 48 horas para que o ex-presidente esclareça a visita.

A grande questão é que embaixadas estrangeiras estão protegidas pela "inviolabilidade" prevista na Convenção de Viena, o que significa que as autoridades brasileiras não podem entrar no local sem o consentimento do país, neste caso, da Hungria. Para Janio, Bolsonaro de fato temia a prisão e buscou asilo político. 

“É evidente que ele supôs que o Carnaval servisse à PF para prendê-lo sem maior estardalhaço, riscos de reação de rua, essas coisas. Mas é curiosa e engraçada a explicação que eles deram, ele mesmo que diz que não teria/não tem razões para buscar asilo em lugar nenhum. Com isso, ele acaba de dizer que não é perseguido, nega o que tem afirmado nos comícios. O que ele foi fazer lá se não buscar asilo? Não há a menor dúvida de que essa foi a razão. Ele logo tratou de um pedido de asilo na eventualidade de ter a casa visitada pela PF para buscá-lo”, declarou.

Confira o programa na íntegra: